‘Golpe do Tinder’: Quatro são condenados a mais de 150 anos de prisão por morte de médico mineiro em SP

  • 19/12/2025
(Foto: Reprodução)
Heleno Dumba, médico psiquiatra mineiro, morto em São Paulo Reprodução/Redes Sociais Quatro homens foram condenados pela morte do médico psiquiatra mineiro Heleno Veggi Dumba, de 35 anos, em São Paulo, no dia 29 de março de 2024. Os réus faziam parte de um grupo que aplicava o chamado 'Golpe do Tinder' e criava perfis falsos em aplicativos de relacionamento para atrair vítimas e cometer assaltos violentos. A decisão foi publicada na última segunda-feira (15) e condenou Gabriel Evangelista Acácio, Victor Henrique Santos de Oliveira, Miguel Mendes das Neves e Bruno Francisco Xavier por organização criminosa armada e latrocínio, que é roubo seguido de morte. Eles seguem presos desde o crime em São Paulo e não podem recorrer em liberdade. Veja, mais abaixo, a pena de cada um. O g1 tenta contato com a defesa deles. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Zona da Mata no WhatsApp Em nota, o advogado da família e amigo pessoal do médico, Wanderley Montanholi, afirmou que “a Justiça é um marco que estabelece limites, não apenas punição. Buscamos responsabilização com ressocialização, proteção e transformação, enfrentando a violência com consciência e educação. Queremos que Heleno seja lembrado por sua vida e humanidade, não pelo desfecho trágico”. Heleno Veggi Dumbá, natural de Muriaé, na Zona da Mata mineira, foi morto com um tiro na cabeça no Bairro Jardim Elisa Maria, na Zona Norte da capital paulista. Segundo as investigações, os criminosos atraíram o médico para o local por meio de um encontro marcado em aplicativo de relacionamento, e ele acabou morto. Confira a sentença de cada acusado: A sentença em primeira instância foi do juiz Paulo Fernando Deroma de Mello, no Fórum Central Criminal da Barra Funda, em São Paulo. Veja abaixo: Gabriel Evangelista Acácio Participou diretamente da abordagem à vítima, estava armado e atirou no médico. Organização criminosa: 5 anos e 3 meses de prisão Latrocínio: 26 anos e 8 meses de prisão Total: 31 anos e 11 meses, em regime inicial fechado Victor Henrique Santos de Oliveira Responsável pelo contato com as vítimas por meio de aplicativos de relacionamento. Criava perfis falsos para ganhar confiança e marcar encontros que serviam de emboscada. Organização criminosa: 8 anos de prisão Latrocínio: 40 anos de prisão Total: 48 anos, em regime inicial fechado Miguel Mendes das Neves Criava perfis falsos em redes sociais e aplicativos de relacionamento para contatar as vítimas e viabilizar os crimes. Organização criminosa: 7 anos de prisão Latrocínio: 35 anos, 6 meses e 20 dias de prisão Total: 42 anos, 6 meses e 20 dias, em regime inicial fechado Bruno Francisco Xavier Dava apoio logístico ao grupo, com transporte dos integrantes até o local do crime e ajuda na fuga. Organização criminosa: 5 anos e 3 meses de prisão Latrocínio: 26 anos e 8 meses de prisão Total: 31 anos e 11 meses, em regime inicial fechado A decisão cabe recurso. Outros envolvidos Matheus Cesar Alves Silva e Johnatan Henrique dos Santos Martins também foram apontados nas investigações como participantes da abordagem e do uso de armas. O processo contra eles foi desmembrado, e as condutas serão analisadas em ações separadas. As condenações desses réus não fazem parte desta sentença. Médico foi morto na Zona Norte de São Paulo g1 Grupo explorava vulnerabilidade das vítimas Conforme a investigação, os criminosos escolhiam locais estratégicos e evitavam áreas com câmeras de monitoramento. O objetivo era obter vantagem econômica. As vítimas eram obrigadas a fornecer senhas de celulares e a realizar transferências via PIX, muitas vezes sob ameaça e em situação de cárcere temporário. Ainda de acordo com o processo, o grupo explorava a vulnerabilidade delas. Muitas não denunciavam os crimes por serem casadas ou por não quererem expor a orientação sexual, o que facilitava a continuidade das ações criminosas. Como as tarefas do crime eram divididas: Criação de perfis falsos: um dos integrantes criava contas em aplicativos de relacionamento para atrair as vítimas. Contato com as vítimas: outro integrante fazia a comunicação, conquistava a confiança e marcava os encontros. Abordagem armada: no local combinado, parte do grupo surpreendia as vítimas e cometia os assaltos. Logística e armas: um dos envolvidos cuidava do transporte dos integrantes e da guarda das armas usadas nos crimes. Relembre o caso Médico mineiro morto durante tentativa de assalto na Zona Norte de SP Reprodução/Redes Sociais O psiquiatra, de 35 anos, morreu na noite de 29 de março de 2024, após ser baleado na cabeça no Bairro Jardim Elisa Maria, na Zona Norte de São Paulo. Na época, moradores do bairro relataram à polícia que viram três homens assaltar o médico Heleno Veggi Dumbá, que estava dentro de um carro, por volta das 21h40. Em seguida, testemunhas disseram ter ouvido disparos. Após o crime, os suspeitos fugiram a pé em direção a uma praça onde acontecia uma festa. Na época, o delegado responsável pela investigação, César Bastos Queiroz, afirmou que o local era usado para atrair vítimas desse tipo de crime. "Aqui é uma região bastante utilizada pelos criminosos para atrair vítimas sob o pretexto de encontros marcados por aplicativos de relacionamento. Acredito que a principal linha de investigação neste momento preliminar segue nesse sentido", afirmou o delegado. 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FONTE: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2025/12/19/golpe-do-tinder-quatro-sao-condenados-a-mais-de-150-anos-de-prisao-por-morte-de-medico-mineiro-em-sp.ghtml


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