Médica suspeita de mandar matar farmacêutica cantou sucesso dos anos 1980 durante exame de corpo de delito

  • 07/11/2025
(Foto: Reprodução)
Médica é presa em Itumbiara suspeita de mandar matar farmacêutica em Uberlândia A médica neurologista Claudia Soares Alves presa suspeita de mandar matar a farmacêutica Renata Bocatto Derani, em Uberlândia (MG), cantou a música "Take On Me" (Me dê uma chance, em tradução livre) da banda norueguesa A-ha durante o exame de corpo de delito. A informação foi confirmada ao g1 pelo delegado do caso, Eduardo Leal, na quinta-feira (6). "Ela cantarolou a melodia, mas depois cantou parte da letra da música", disse. ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no WhatsApp Segundo a Polícia Civil, Claudia estava tranquila, sem remorso e aproveitou o momento para cantar. "Eu voltarei para buscar o seu amor, tá bom? Me dê uma chance", diz a letra da música de 1985. Claudia Soares também é acusada de falsidade ideológica e tráfico de pessoas após tentar sequestrar uma recém-nascida de uma maternidade em Uberlândia. O g1 tentou contato com a defesa de Claudia Soares Alves, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem. Claudia Soares Alves foi presa suspeita de ser a mandante de um assassinato em Uberlândia Reprodução/Redes Sociais A motivação do crime Segundo a Polícia Civil, o crime foi motivado pela obsessão de Claudia em ser mãe de uma menina. Ela é apontada como mandante do homicídio e tinha o objetivo de assumir a guarda da filha da vítima. "Identificamos que a Claudia fazia um tratamento para engravidar porque ela tinha o sonho de ser mãe de menina. Ela fazia qualquer coisa para isso. Ela idealizava a família perfeita, por isso queria o marido e a filha da farmacêutica”, disse o delegado Eduardo Leal. O que diz a música? A música Take On Me, da banda A-ha, fala sobre o desejo de se abrir emocionalmente e o medo de perder uma oportunidade de amor. Na letra, o cantor se mostra vulnerável desde o início, admitindo que não sabe bem o que dizer, mas que mesmo assim vai tentar. Ele se dirige a alguém que parece estar se afastando, convidando essa pessoa a “assumi-lo”, “aceitá-lo”, antes que seja tarde demais. O refrão “Take on me, take me on, I’ll be gone in a day or two” tem dois sentidos principais: um pedido de entrega e um aviso de que o momento é passageiro, como se dissesse “me aceite agora, porque posso ir embora em breve”. Em resumo, a música fala da coragem emocional, a importância de se permitir sentir e agir, mesmo com incertezas, antes que o tempo acabe. Entenda o caso Quem é a médica A prisão e as novas acusações O assassinato da farmacêutica A relação da médica com a vítima O que falta esclarecer Quem é a médica Claudia Soares Alves, de 42 anos, é a médica suspeita de mandar matar uma farmacêutica em Uberlândia Reprodução/Redes Sociais Claudia Soares Alves é neurologista e ex-professora da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Em 2024, ela foi presa após sequestrar um recém-nascido dentro de uma maternidade da cidade. Na época, a médica usou documentos falsos para tentar registrar a bebê como filha. Desde março deste ano, respondia aos processos em liberdade e havia sido demitida da UFU. Segundo a Polícia Civil, Claudia sempre demonstrou comportamentos obsessivos e apresentava desejo compulsivo de ser mãe de uma menina, embora já tivesse um filho. Durante coletiva de imprensa em Uberlândia, o delegado Eduardo Leal informou que a médica realizou tratamentos para engravidar, mas não conseguiu. E, após as tentativas frustradas, teria recorrido a adoções irregulares com documentos falsos e até oferecido dinheiro para comprar uma recém-nascida na Bahia. A prisão e as novas acusações A médica foi presa em Itumbiara durante uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais, em parceria com a Polícia Civil de Goiás. De acordo com o delegado Eduardo Leal, Claudia teria planejado o assassinato de Renata para ficar com a filha da vítima. Ainda conforme o delegado, na casa da investigada, a Polícia Civil encontrou um quarto pintado de rosa, com várias roupas de criança pequena, um berço e uma bebê reborn dentro. "Ela é capaz de tudo para conseguir o seu intento, que seria o de ser mãe de uma criança, de uma menina. Inclusive nessa data, no cumprimento da busca, nós verificamos que ela, na casa dela, possui um quarto todo pintado de rosa, com diversas coisas rosas de uma criança, com berço e como se estivesse dormindo nesse berço. Realmente você vê que é uma pessoa totalmente desequilibrada", disse Leal. Quarto rosa com bebê reborn na casa de médica presa em Itumbiara, suspeita de mandar matar farmacêutica de Uberlândia Polícia Civil/Divulgação O delegado regional da Polícia Civil, Gustavo Anai, destacou que a operação é resultado do trabalho iniciado ainda em 2020, quando surgiram denúncias ligando a médica a outros crimes após o sequestro na maternidade da cidade. O assassinato da farmacêutica Renata Bocatto Denari, de 38 anos, foi morta a tiros na manhã de 7 de novembro de 2020, quando chegava para trabalhar em uma farmácia no Bairro Presidente Roosevelt, em Uberlândia. Câmeras de segurança registraram o momento em que o criminoso se aproximou e fez pelo menos cinco disparos no tórax, pescoço, ombros e nádegas. Uma testemunha contou que Renata tentou se defender e pediu para não ser morta, mas o homem continuou atirando. Uma câmera de segurança mostrou o assassino abordando Renata (veja abaixo). Antes de fugir, o autor deixou uma sacola com objetos e uma carta com ofensas à vítima. Na época, a Polícia Civil não descartou crime passional e ouviu pessoas próximas, incluindo o ex-marido. Renata deixou a filha de 9 anos. Além da médica, foram presos temporariamente outros dois suspeitos de participação no assassinato. Eles são pai e filho e seriam vizinhos de Claudia. Os três foram transferidos para Uberlândia. As investigações seguem para apurar a participação dos dois suspeitos no crime. A Polícia Civil também vai avaliar a necessidade de prorrogar as prisões temporárias ou convertê-las diretamente em preventivas, com o devido indiciamento dos envolvidos. A relação da médica com a vítima As investigações apontam que Claudia se casou com o ex-marido de Renata, mas o relacionamento durou apenas dois meses. O homem decidiu se separar ao perceber que a médica apresentava comportamentos obsessivos e demonstrava interesse em assumir a maternidade da filha dele com Renata. Renata, ao perceber que a médica parecia uma pessoa perigosa e emocionalmente instável, proibiu a filha de manter contato com o pai sempre que ele estivesse na companhia da esposa. Após a separação, Claudia teria planejado o homicídio da farmacêutica para retomar o relacionamento e ficar com a menina. O que falta esclarecer A Polícia Civil ainda apura se houve pagamento aos executores e se outros crimes cometidos por Claudia estão relacionados ao homicídio. O caso segue sob investigação. LEIA TAMBÉM: Após 1 anos e dois meses, médica que raptou recém-nascida no hospital é demitida da UFU 'Enganou os guardas, todo mundo', diz pai da bebê recém levada por Claudia Mulher sequestra bebê e criança é encontrada quase 850 km de onde nasceu VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2025/11/07/medica-suspeita-de-mandar-matar-farmaceutica-cantou-sucesso-dos-anos-1980-durante-exame-de-corpo-de-delito.ghtml


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